quinta-feira, 21 de julho de 2011

Primo Bernardo

Por razões que só a informática percebe, este anónimo que “disse” chama-se Luísa. Luísa  Bonvalot durante 21 anos. Bonvalot Condeço há 45. Luisinha ainda para muitos que cresceram com ela todos os Verões, em Vilela.
A mesma Vilela que o meu pai amava, onde cantava, fazia fotografia, e entre duas anedotas  - picantes - comia presunto e pão de centeio e bebia um copo na adega do Bernardo, com outros amigalhaços.
Entre as suas fotografias encontrei esta. E lembrei-me de três coisas.
Comecei a ir para Vilela aos oitos meses, mas nunca vi o Primo Bernardo a trabalhar a pedra por isso considero-a (a foto) um inédito...
Quando meu pai voltou de Vilela em Setembro de 1978, pesava menos 15 quilos do que um mês antes, quando tinha ido de férias.
Um cancro conduzia-o, aos 61 anos, para a meta final.
No hospital, disse-lhe que o primo Bernardo lhe desejava as melhoras. Que a Lena tinha escrito isso numa carta. O meu pai sorriu com um ar meio irónico  e esclareceu-me  assim o sorriso: “Os transmontanos não gostam muito de alardear sentimentos”... Aquele desejo era, pois, de  um grande AMIGO.
Não quero acabar este comentário com uma nota triste por isso vos conto ainda isto a que assisti:
“- Céuzinha, ó céuzinha!!!!!!!!!!!
-        Sim, paizinho....
-        Anda cá. Leva lá este jornal aos coelhos!
-        Aos coelhos, paizinho?????????
-        Pois. Já que não lhe dás de comer, eles sempre se entretêm com as notícias...”

Sem comentários:

Enviar um comentário