domingo, 30 de setembro de 2012

Água!... um bem cada vez mais escasso

Senhoras e Senhores
Como sabem concidadãos desta freguesia a água é um bem escasso, cada vez mais escasso!
Dada a nossa civilização consumista, sendo a água um bem escasso e cada vez mais precioso, obriga-nos dia a dia a aumentar a procura e, com isto, cada vez mais transforma-la para ser consumida com qualidade.
Com isto o conceito de consumo doméstico tem vindo a ser alterado, já que com os novos tempos, vão saindo normas e regulamentações tuteladas pelo IRAR que exigem determinados tratamentos e procedimentos para que a água que sai nas nossas torneiras garanta padrões mínimos de qualidade e segurança.
A pretensão dos governos foi e, ainda é entregar este nicho às empresas públicas (EPAL, AGUAS DE PORTUGAL e outras mais pequenas que pertencem ao grupo como as ÁGUAS DE TRÁS-OS-MONTES) e de certo modo controlar este bem essencial.

Pois, no que nos diz respeito, a empresa ÁGUAS DE TRÁS-OS-MONTES faz a distribuição em alta e, vende à Junta de Freguesia de Vilela do Tâmega o m3 (1.000 litros de água) a 0,63€. A Junta de Freguesia ainda tem que distribuir esta água às populações, sendo certo que acarreta com todas as despesas de ligação e de manutenção como limpeza de depósitos, electricidade para bombagens, bombas e materiais adicionais, passadores, tubagens que rebentam, acessórios que partem, etc.
No passado a Junta de Freguesia como entidade gestora por protocolo teve prejuízos com a água de consumo doméstico. Mas os serviços públicos não devem dar prejuízos e o executivo fez alguns melhoramentos na captação e procurou equilibrar as contas. Tem conseguido com algum esforço.
Como compreenderão são necessárias análises periódicas que custam cerca 1.600,00€ por ano.
Os tratamentos andam na ordem dos 1.000,00€ por ano, isto tendo em conta que o executivo evita recorrer a uma empresa particular, que lhe custaria pelo menos 250,00€ mês mais IVA.
O ERSAR exige-nos agora um técnico superior para fazer o controlo.
As regras estão cada vez mais apertadas.
Este ano impõem-nos uma aproximação às tarifas praticadas a nível nacional.
Porém
No passado mês de Maio foi solicitado por este executivo a contenção nos consumos de água, uma vez que não podíamos continuar a aceitar tamanhas desconsiderações e abusos.
Ainda assim verificou-se durante o verão o exagerado consumo para as regas, tendo este executivo comprovado algumas situações que são verdadeiramente gravosas para todos nós. Reparem só nos meses de Julho e Agosto temos uma conta para pagar de cerca 1.287,06€ de água.
Ora isto torna a situação incomportável. As receitas correntes da Freguesia, para fazer face à qualidade e exigência do serviço de abastecimento público de água, são cada vez menores. Acrescer como agravante, os anos próximos que se advinham de redução orçamental.
Temos que decidir em consciência se queremos água tratada nas batatas e na relva ou queremos a água para suporte das nossas necessidades mais primárias.
Tem de haver uma consciencialização de todos nós de que o bem “ÁGUA” é escasso e  cada vez são maiores as dificuldades colectivas.
Este é o recado que todos nós temos que passar e exigir uns aos outros, para que possamos prolongar mais tempo a exploração, caso contrário entrará em rotura.
E a ser assim, obviamente teremos que entregar a água às empresas que estão ciosas pelo engodo e seremos todos a pagar a água mais cara.
Um apelo à consciência.
Paulo da Cunha

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